A hérnia de disco é uma condição que impacta diretamente a qualidade de vida de cerca de 5,4 milhões de brasileiros, de acordo com dados do IBGE. E sabe o que é pior? A média de idade das pessoas impactadas diminuiu de 37 para 30 anos.
Boa parte da população não faz ideia de como uma hérnia de disco surge e, no artigo de hoje, vamos explicar tudo em detalhes. Você vai descobrir o que é essa condição, quais os diferentes tipos existentes e como eles se manifestam.
Além disso, abordaremos as causas mais comuns, as opções de tratamento disponíveis hoje no Brasil e, crucialmente, os sinais de alerta que indicam a hora certa de procurar um médico especialista.
Prepare-se para entender de vez esse problema e como enfrentá-lo.
Pense na sua coluna vertebral como uma pilha de blocos, as vértebras. Entre eles, existe uma espécie de “almofada”, o disco intervertebral. Ele é fundamental, pois funciona como um amortecedor, absorvendo impactos e permitindo os movimentos do corpo.
Esse disco possui uma parte externa mais fibrosa e resistente, chamada ânulo fibroso, e um núcleo interno mais gelatinoso e macio, o núcleo pulposo.
A hérnia de disco ocorre quando parte desse núcleo pulposo se desloca por meio de uma fissura ou fraqueza no ânulo fibroso, saindo da sua posição normal.
Essa “fuga” do material gelatinoso pode comprimir nervos próximos, gerando dor e outros sintomas comuns como:
Existem algumas formas de classificar as hérnias de disco. As principais consideram a localização na coluna e o grau de deslocamento do disco.
Quanto à localização, as mais comuns são:
Quanto ao grau de deslocamento do material discal, temos:
A diferença crucial entre os tipos de hérnia reside primariamente nos sintomas e na abordagem terapêutica. Uma hérnia cervical, por exemplo, dificilmente causará dor ciática, que é característica da lombar.
Da mesma forma, a gravidade da compressão nervosa tende a ser maior em hérnias extrusas ou sequestradas em comparação com um simples abaulamento.
Um abaulamento discal pode ser assintomático ou causar dor leve e localizada. Já uma hérnia extrusa ou sequestrada tem maior probabilidade de comprimir estruturas nervosas de forma significativa, levando a dores intensas, perda de sensibilidade ou força muscular.
Em outras palavras, o tipo de hérnia influencia diretamente na decisão de qual tratamento será escolhido pelo médico.
A hérnia de disco geralmente surge de uma combinação de fatores. O processo natural de envelhecimento é uma das principais causas, pois os discos intervertebrais perdem a hidratação e a elasticidade e ficam mais vulneráveis.
Outros fatores de risco importantes incluem:
Felizmente, a maioria dos casos de hérnia de disco melhora com um tratamento conservador, ou seja, sem cirurgias invasivas. Inclusive, a cirurgia raramente é a primeira opção.
As abordagens incluem:
A cirurgia de coluna é considerada quando o tratamento conservador não apresenta resultados satisfatórios após um período adequado — geralmente algumas semanas ou meses.
Além disso, com o avanço da medicina, técnicas cirúrgicas minimamente invasivas como a endoscopia da coluna são usadas para reduzir o tempo de recuperação.
Não ignore a dor persistente. É fundamental procurar um ortopedista especialista em coluna se você apresentar os sintomas citados no começo deste artigo.
E tem um sinal de alerta máximo: a perda de controle da bexiga ou do intestino. Isso pode indicar a síndrome da cauda equina e requer atendimento médico imediato.
Por isso, é essencial fazer um diagnóstico preciso, geralmente confirmado por exames de imagem como a ressonância magnética para começar um tratamento realmente eficaz.
A informação certa capacita você a tomar uma decisão de tratamento adequada com um especialista. Não fique adiando o seu problema de coluna. Busque o tratamento certo para controlar/eliminar a sua dor, retomar suas atividades e recuperar sua qualidade de vida.
Conheça o trabalho de quem entende de tratamento de coluna. Confira nosso artigo “Ortopedista especialista em coluna: Dr. Daniel Bedran”