A hérnia de disco é um problema que atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros, segundo dados do IBGE. Mas, apesar de bastante comum, ainda existem alguns mitos sobre esta perigosa lesão que, quando não tratada, pode causar fortes dores na coluna e até incapacidade permanente.

Por exemplo, você sabia que, na grande maioria dos casos, o tratamento da hérnia de disco é feito sem necessidade de procedimentos cirúrgicos? Sabia também que já existem cirurgias menos invasivas e dolorosas e que permitem uma recuperação bem mais rápida, como o caso da cirurgia endoscópica da coluna?

Neste artigo, então, vamos mostrar o que é hérnia de disco, os diferentes tipos desta lesão, como é feito o diagnóstico e quais são os principais tratamentos. Acompanhe!

Hérnia de disco: o que é?

Já parou para notar a quantidade de movimentos que fazemos com a coluna todos os dias? E como estamos falando de uma região cheia de vértebras, nervos, músculos e ligamentos, dá para perceber a importância de se ter uma estrutura que a proteja dos impactos, certo? 

É justamente para isso que servem os discos intervertebrais. Eles são responsáveis por dar sustentação para toda a coluna vertebral durante os movimentos, distribuindo o peso do corpo de forma controlada, para que não haja lesões.

Porém, geralmente por fatores como má postura, sedentarismo, obesidade e estresse, esses discos podem ficar ressecados, desgastados e até fissurados, comprometendo os movimentos e gerando desconfortos. Assim, surge a famosa (e indesejada) hérnia de disco.

Mas existem diferentes tipos de hérnia de disco. Vamos conhecê-los agora:

Hérnia de disco protusa

Este é o caso de hérnia de disco mais comum e menos grave. 

A hérnia protusa, ou protusão discal, ocorre quando a frequente carga exercida sobre a coluna faz com que os discos intervertebrais fiquem desgastados, percam a forma original e sejam projetados para fora do local que geralmente ocupam, causando uma pequena fissura nos anéis fibrosos e dor crônica.

Hérnia de disco extrusa

Na hérnia de disco extrusa, temos um caso ainda mais grave que a protusa. Isso porque, aqui, haverá o rompimento dos anéis fibrosos e vazamento do núcleo pulposo – um gel semifluido responsável por abrir espaço entre as vértebras para que os nervos passem. Sendo assim, as raízes dos nervos da coluna vertebral são comprimidas.

Apesar disso, a dor provocada pela hérnia extrusa costuma ser aguda (vai e volta), o que dificulta o seu reconhecimento pelo paciente e, consequentemente, o tratamento. Dessa forma, o caso pode se agravar e o desconforto se propagar para braços, mãos e outras regiões do corpo.

Hérnia de disco sequestrada

A hérnia de disco sequestrada é o caso mais grave da lesão. Nela, a pressão sobre a coluna faz com que o núcleo pulposo vaze para dentro do canal medular e

a parede do disco se rompa drasticamente. 

Os discos intervertebrais podem, inclusive, se partir ao meio e o pedaço solto migrar para outra região da coluna. Assim, os nervos espinhais sofrem compressão constante.

A dor neste caso é muito intensa e, se não tratada, pode se tornar incapacitante.

Quais os sintomas da hérnia de disco?

Independente do tipo de hérnia, os sintomas costumam ser parecidos: 

• dores agudas (intensas e passageiras) ou crônicas (recorrentes) na coluna; 
• inchaços; 
• sensação de formigamento, queimação e fraqueza nos membros; 
• dificuldade para realizar movimentos básicos (sentar, abaixar, levantar…).

Porém, a intensidade deles varia de acordo com a gravidade da lesão e do local em que ela ocorre. Por exemplo:

• Hérnia de disco cervical: causa dores e formigamentos na região da nuca e do pescoço, toda vez em que a pessoa tenta movimentá-los. Pode ser irradiada para outros locais, como ombros, braços e mãos;
• Hérnia de disco torácica: as dores se concentram na região central da coluna, também podendo se propagar para costelas, braços, mãos e pernas;
• Hérnia de disco lombar: a mais comum, por ser geralmente a região mais afetada pelo excesso de peso e má postura. As dores acontecem na parte mais baixa da coluna, causando dificuldades de movimentação, principalmente ao se abaixar ou se sentar. Costuma atingir também os glúteos, pernas e pés.

Como é realizado o diagnóstico

O diagnóstico da hérnia de disco é feito clinicamente pelo médico ortopedista. Ele irá avaliar o paciente, analisando e realizando testes físicos dos movimentos da coluna, braços, pescoço, e demais áreas supostamente afetadas.

Se julgar necessário, alguns exames também serão solicitados, como a radiografia (raio-x), ressonância magnética e tomografia da coluna. 

Esses procedimentos podem ajudar a identificar o local exato da lesão e possíveis alterações no canal vertebral. A partir daí, fica mais fácil selecionar o tratamento mais eficaz para o tipo de hérnia do paciente.

Tratamentos mais recomendados para hérnia de disco

Vários estudos científicos mostraram que, em cerca de 90% dos casos de hérnia de disco, o tratamento conservador – com base em medicamentos, repouso, exercícios para a coluna e fisioterapia – já traz excelentes resultados, dispensando procedimentos cirúrgicos.

Isso porque a dor aguda sentida com o desgaste dos discos intervertebrais é geralmente causada por má postura, sedentarismo ou obesidade, sendo facilmente revertida com práticas de reabilitação.

Porém, caso essas ações não sejam suficientes para que o paciente sinta uma melhora em até três meses, a cirurgia de descompressão do canal vertebral pode ser indicada, associada a outros procedimentos operatórios.

Geralmente, a microdiscectomia é um desses procedimentos. Nela, retira-se a parte danificada do disco para descomprimir as raízes dos nervos espinhais.

Em situações graves (principalmente no caso de hérnias cervicais), cirurgias mais complexas devem ser necessárias, como a artrodese e a artroplastia.

A boa notícia é que, com os avanços tecnológicos, temos atualmente as cirurgias minimamente invasivas. Dentre elas, podemos destacar a cirurgia endoscópica da coluna, que traz uma série de vantagens em relação à tradicional. Confira:

Vantagens da Cirurgia Endoscópica da Coluna

• realizada apenas com anestesia local, enquanto a cirurgia tradicional exige anestesia geral;
• os cortes para a inserção do endoscópio são pequenos, o que garante menor risco de agressão aos ossos, ligamentos e cartilagens;
• o uso das câmeras traz mais eficácia para o processo, tornando o tempo de cirurgia menor;
• risco de infecção bem mais baixo (quase nulo);
• menos dores no pós-operatório (geralmente o paciente nem precisa ficar internado);
• tempo de recuperação bem mais rápido.

Quando devo procurar um médico?

Neste artigo você conheceu os tipos de hérnia de disco e a importância do médico ortopedista no diagnóstico e tratamento da lesão.

Viu também que, embora o tratamento conservador seja o mais indicado para a maioria dos casos, já existem procedimentos cirúrgicos modernos – como a cirurgia endoscópica da coluna – que trazem excelentes resultados, com menos dor e tempo de recuperação mais rápido do que nas cirurgias tradicionais. 

Entretanto, não é qualquer profissional que tem os equipamentos e, principalmente, a experiência necessária para realizar esse tipo de operação. Sendo assim, a escolha do médico ortopedista deve ser feita com cuidado.

O Dr. Daniel Bedran, por exemplo, é um cirurgião ortopedista com mais de 13 anos de experiência e mais de 2.500 cirurgias da coluna feitas como cirurgião principal. Além disso, é um dos poucos especialistas na região de São José do Rio Preto capaz de realizar a cirurgia endoscópica, realizando 100 delas nos últimos dois anos. 

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