Dor lombar ou lombalgia: quando procurar um especialista?

Dor lombar, lombalgia, lumbago, os nomes podem variar, mas a dor nessa região é bem conhecida por boa parte da população brasileira: afeta entre 13,1% e 19,5% dos adolescentes e até 14,7% dos adultos vivem com lombalgia crônica, segundo uma revisão sistemática publicada em 2015 – esses últimos dez anos, inclusive, podem ter piorado esses números que já eram drásticos.

Mas como a dor lombar surge? O que nos leva a ter dor na lombar? Como é a dor nessa região e o que fazer para aliviar a lombalgia? Temos as respostas para essas e outras dúvidas sobre lombalgia e vamos respondê-las aqui, além de apresentar os principais tratamentos para e quando você deve procurar um especialista.

O que é a lombar?

Antes de falarmos especificamente da dor na lombar, vamos entender primeiro onde é a região lombar exatamente: ela fica situada entre o fim das costelas e a região dos glúteos, na parte inferior da coluna vertebral, abaixo da coluna torácica e definida por cinco vértebras, numeradas de L1 a L5.

Essa região é uma das mais importantes da coluna vertebral por conta do papel de sustentação do corpo. Além disso, é nessa região que estão concentrados diversos nervos que interconectam os neurônios responsáveis pela movimentação/sensação dos membros inferiores com a coluna vertebral e consequentemente com o cérebro humano. Por isso, a lombar é tão propensa a apresentar dor crônica.

O que é dor lombar?

Mulher com dor nas costas. Imagem meramente ilustrativa. Fonte: Freepik.

A dor lombar é uma sensação desagradável, uma sinalização de problemas ou lesões na região lombar, podendo ser uma inflamação ou algo mais complexo. Ela é classificada em três tipos:

  1. aguda (inferior a 4 semanas);
  2. subaguda (4-12 semanas);
  3. crônica (superior a 12 semanas).

A lombalgia também é dividida em duas categorias gerais:

  • Específica: como a hérnia de disco com comprometimento da raiz nervosa, distúrbio inflamatório ou infeccioso, fratura ou até um tumor (apesar de menos de 1% das queixas de dor lombar aguda terem origem em um tumor ou infecção);
  • Não específica: sintomas sem causa claramente definida.

Essa segunda categoria representa a maior parte dos pacientes com dores lombares, cerca de 85% de todos os pacientes atendidos na Atenção Primária à Saúde (APS). No entanto, a dor lombar está entre as principais causas de incapacidade em todo o mundo, gerando impacto pessoal (morbidade), ocupacional, social e econômico e nem sempre é uma dor simples de ser resolvida.

Quais as origens da dor lombar?

Homem com dor nas costas. Imagem meramente ilustrativa. Fonte: Freepik.

Segundo o Ministério da Saúde, a dor na lombar pode se originar das seguintes questões de saúde: 

  • dor de origem mecânica (97%)
  • torção ou estiramento (70%)
  • processo degenerativo dos discos e facetas, geralmente devidos à idade (10%)
  • hérnia de disco (4%)
  • fratura compressiva osteoporótica (4%)
  • estenose do canal vertebral (3%)
  • outras (9%)
  • doenças viscerais (2%)
  • condições não mecânicas de dor lombar (1%)

O diagnóstico precisa ser feito com um médico para avaliar o paciente adequadamente e identificar a origem certa da dor na lombar por meio de exames de raio-x e tomografia principalmente e, em alguns casos, a ressonância magnética. É só a partir dessa identificação bem feita que o tratamento realmente terá chances de funcionar de fato. 

Quais os sintomas da dor lombar?

Homem com as mãos nas costas. Imagem meramente ilustrativa. Fonte: Freepik.

Os sintomas mais comuns de uma lombalgia são:

  • limitação de movimentos em geral
  • sensação de coluna travada
  • dificuldade de movimentação das pernas (nem todos os casos)
  • formigamento ou dormência da região lombar/membros inferiores
  • fortes pinçadas de dor na região lombar

Os sintomas se tornam mais preocupantes se a dor aguda for incapacitante ou persistir por mais de duas semanas. 

Quais os tratamentos para dor lombar?

Boa parte dos casos apresentam melhora da dor em poucas semanas, com um tratamento simplificado ou com o uso de remédios específicos e acompanhamento médico. 

No entanto, existem diversos tratamentos para dor lombar, que vão variar de acordo com a combinação de sintomas e problemas específicos que estão causando a lombalgia em questão.

Alguns exemplos de tratamentos:

  • uso de medicamentos específicos;
  • mudanças no estilo de vida ;
  • perda de peso; 
  • musculação e prática de exercícios físicos;
  • bloqueio/infiltração/endoscopia, descompressão (em casos específicos);
  • cirurgias (em último caso);
  • reeducação Postural Global (RPG);
  • fisioterapia.

Quando devo procurar um especialista?

Essa pergunta é extremamente importante e uma dúvida comum entre os pacientes que sofrem com dores lombares. Se você sofre com:

  • dor persistente por mais de 4 semanas sem nenhum sinal de melhora ou dor crônica (mais de três meses de dor ininterrupta de qualquer grau)
  • dor que se desenvolve gradualmente e que piora ao longo de dias ou semanas
  • dor lombar constante que não é aliviada na posição deitada ou em repouso.
  • dor que irradia para o peito 
  • dor que irradia para a perna (região ciática)
  • dor lombar persistente após queda ou trauma
  • fraqueza dos músculos em uma perna ou pé
  • falta de sensibilidade (dormência) em qualquer parte da perna ou pé
  • sintomas reumatológicos associados (rigidez e dor pior ao acordar, inflamações, etc)
  • sintomas de cauda equina (incontinência urinária e fecal, dormência no períneo, fraquezas) 
  • osteoporose
  • febre ou algum sinal de infecção
  • perda de peso progressiva
  • dor noturna, levando a acordar durante o sono

Em todos estes casos, a recomendação é buscar um médico especialista em dores na coluna para refazer o diagnóstico, identificar o problema corretamente e indicar o tratamento adequado.

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Dor lombar ou lombalgia: quando procurar um especialista?