O bico de papagaio (ou osteofitose) é caracterizado pelo surgimento de osteófitos entre duas vértebras vizinhas, que acontece devido uma tentativa natural do corpo de manter a estabilidade da coluna e, por isso, os ossos se expandem e formam uma espécie de gancho.
Através de exames de imagem (como a radiografia), é possível diagnosticar a osteofitose, pois esses ganchos formados nos ossos possuem um formato semelhante ao do bico de papagaio, justificando o apelido popular da patologia.
A causa mais comum da osteofitose é o envelhecimento natural e seu processo degenerativo dos discos intervertebrais, articulações e cartilagens da coluna, sendo uma alteração óssea muito comum em pessoas de idade avançada.
As regiões cervical e lombar são as mais afetadas e, se não for tratado de maneira adequada, o bico de papagaio pode progredir de um moderado desconforto para dores intensas e até limitantes.
Por isso, após receber o diagnóstico de osteofitose, o tratamento geralmente é feito com analgésicos e anti-inflamatórios, exercícios físicos, correção da postura e fisioterapia, sem necessidade de cirurgia (que só é indicada se as dores persistirem, mesmo com medicamentos, por mais de três meses).
Se após aproximadamente três meses de tratamento conservador as dores persistirem, poderá ser necessário realizar o procedimento cirúrgico, no modelo tradicional ou utilizando técnicas minimamente invasivas.